Hoje você jura amor eterno, amanhã não me olha nos olhos,
semana que vem você encontrará um novo “amor”
e provavelmente depois de chorar muito eu ficarei bem.
Hoje em dia “eu te amo” virou bom dia, boa tarde,
bons sonhos ou até mesmo alô como vai?
Desculpe-me a sinceridade, quem sabe a petulância,
mas qual é o significado do amor?
Prefiro não ouvir um “eu te amo” por toda a vida,
do que ouvir um falso “eu te amo” todos os dias.
Eu espero amar alguém e sentir reciprocidade nisso,
quero passear de mãos dadas quem sabe usar aliança de
compromisso,
mas sentir aquele frio na barriga, quero olhar nos olhos
desse alguém
e saber que ali há amor e que isso não precisa ser dito
várias vezes ao dia.
Atualmente tudo está tão monótono que uma prova de amor
se resume numa atualização de status numa determinada
rede social,
expondo uma felicidade que não existe, ou melhor, um amor
que não existe.
Tudo isso me faz crer que nasci no tempo errado.
Queria ser do tempo em que uma serenata embaixo da janela
era declaração de amor,
que versos e poesias eram feitas descendentes de um
sentimento real.
Queria poder acreditar nas pessoas.
Queria alguém que me convidasse pra jantar sem outras
intenções
e não aquele que avisa da balada do fim de semana,
queria uma companhia agradável para ver um bom filme num
sábado à noite.
Eu queria mais simplicidade e menos aparência.
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